Neste domingo (30), uma Mulher de 50 anos foi assassinada após tentar ajudar a própria filha que estava sendo agredida pelo marido alcoolizado após uma confraternização. O caso aconteceu no bairro Morada do Bosque, em Sorriso, no estado de Mato Grosso.

Segundo informações da Polícia Civil, o genro da vítima ingeriu grande quantidade de álcool durante todo o dia e, já alcoolizado no fim da tarde, iniciou as discussões com a esposa e também com alguns de seus vizinhos.

Ao ver que a filha estava sendo agredida pelo marido, a mãe da jovem, Lidia da Silva Blatt, interveio na tentativa de ajudar a filha a se livrar das agressões.

No entanto, ela acabou espancada, levando muitos socos e pauladas do próprio genro, de 25 anos.

Bombeiros

Em decorrência das agressões, o Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar socorro à vítima, porém, devido à gravidade das lesões, quando a equipe chegou ao local já encontraram Lidia Da Silva Blatt sofrendo uma parada cardíaca.

A mulher então foi encaminhada ao pronto-socorro de uma unidade hospitalar do município. Assim que chegaram ao hospital, a equipe médica tentou reanimá-la, porém sem obter sucesso. A mulher não respondeu aos procedimentos e acabou tendo o óbito registrado na própria instituição de saúde.

Polícia Civil

O suspeito de assassinar a própria sogra foi detido no local do crime por agentes policiais e posteriormente encaminhado à delegacia de Polícia Civil de Sorriso, onde prestou depoimento ao delegado de plantão.

Os agentes informaram, através do boletim de ocorrência, que ao chegar ao local do crime encontraram o suspeito bastante alterado e segurando uma faca em suas mãos. A interferência da sogra Lidia da Silva Blatt ocorreu porque ela tentava impedir que o genro agredisse a filha.

O suspeito foi preso em flagrante e responderá por crime de lesão corporal dolosa seguida de morte.

O crime, previsto no art. 129, § 3º do Código Penal, configura-se como um delito preterdoloso, quando existe o dolo no ato antecedente, sendo este a lesão corporal e a culpa no fato subsequente, ou seja, a morte da vítima resultante das agressões. A pena prevista para este tipo de crime é de 4 a 12 anos, de acordo com o Código Penal.

O caso segue investigado pela Polícia Civil de Mato Grosso.

Agressões de mulheres no Brasil

Lidia da Silva Blatt morreu ao tentar proteger a filha de quem supostamente deveria exercer o mesmo papel. O Brasil é atualmente o quinto país no ranking mundial que mais mata e violenta mulheres. De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os direitos Humanos, 66% dos casos ocorre dentro da própria casa das vítimas.