A morte da sargento do Exército Bruna Carla Borralho Cavalcanti de Araújo ocorreu em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na noite do último domingo (30). O crime aconteceu quando a militar da 21ª Brigada de Infantaria Paraquedista, no Rio de Janeiro, voltava para casa acompanhada de mais cinco pessoas: o marido, a irmã e os sobrinhos de 3, 5, 12 anos. De acordo com testemunhas, o carro em que Bruna estava sofreu uma pane mecânica.

O marido de Bruna contou à polícia que o veículo que dirigia parou de funcionar devido ao superaquecimento do motor.

Após a parada, um homem se aproximou da família e anunciou o assalto.

As testemunhas também relataram que, no momento do assalto, a vítima estava rendida e, mesmo assim o suspeito teria efetuado dois disparos que acabaram acertando a cabeça da vítima.

Sargento sonhava em saltar de paraquedas

Segundo os familiares, a sargento Bruna estava prestes a realizar o primeiro salto de paraquedas. O Exército estava prestes a permitir o salto da sargento. O corpo da vítima foi sepultado na manhã desta terça (1º), no Cemitério Jardim da Saudade, situado na ona oeste do Rio de Janeiro.

Pelas redes sociais, a irmã de Bruna, Bárbara, que estava presente no momento do assalto, postou uma publicação cobrando as autoridades para que a morte da sargento não seja apenas uma estatística.

Informações do assassino da Sargento

As informações sobre o paradeiro do assassino de Bruna podem ser enviadas ao Disque Denúncia, pelos números (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177. Nesses casos, a identificação do denunciante é mantida em sigilo pelas autoridades.

O crime está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

As testemunhas relataram que a tentativa de assalto foi praticada por apenas um indivíduo encapuzado. Ainda de acordo com os relatos, no momento da ação o assaltante não ordenou à vítima que entregasse o telefone e a carteira e, portanto, não reagiu ao descobrir que Bruna era das Forças Armadas.

Após os disparos, a vítima ainda tentou se proteger colocando as mãos junto ao rosto.

Logo em seguida, o assaltante entrou no veículo da família e fugiu em alta velocidade. Os demais familiares da vítima não se feriram na ação.

Bruna registrou um BO contra o marido por agressão

Três semanas antes de ser assassinada, a sargento Bruna registrou um boletim de ocorrência contra o marido, relatando ter sido agredida após uma discussão. Os familiares da vítima relataram que o marido tinha ciúmes da esposa por ela ser a única mulher da Brigada Paraquedista.

Após a briga, a vítima relatou à Polícia ter sofrido arranhões nos braços. Ainda de acordo com as informações, no decorrer das últimas semanas o casal acabou se reconciliando e voltou a morar junto.