O Instituto Gallup realizou uma nova pesquisa com mais de 150.000 pessoas ao redor do mundo para medir o grau de felicidade ou de infelicidade com a vida e com o lugar em que se vive.
O ano de 2018 reforça o que já se constatou em dados os sentimentos que a humanidade mais experimenta ultimamente: a tristeza, a raiva e o medo.
Do ponto baixo para o ponto alto
A raiva, a tristeza e o medo continuam crescendo em comparação com os dados de 2017. No tocante ao tema da tristeza, as nações africanas são as que apresentam a maior incidência e se concentram em países como Níger, Serra Leoa, Guiné, Libéria e Chade.
Não muito longe dali, os companheiros asiáticos, Irã, Iraque e Palestina, cooperam para o aumento da tristeza. A explicação para esses países estarem nessa lista reside em sucessivos problemas econômicos e políticos. As guerras somam-se a estes fatores.
Analisando a raiva, o stress vem diminuindo um pouco. O único país que ficou na contramão desse declínio foram os Estados Unidos, com o percentual de 55%. A média global ficou em torno de 35%.
A conclusão do relatório do Gallup é que o nível de infelicidade no mundo praticamente está inalterado em relação ao último levantamento, em 2017.
Sob o aspecto individual, a pesquisa mostra que, em média, três entre cada 10 pessoas declararam sentir dor física ou stress no dia anterior à aplicação da pesquisa.
Quatro entre 10 afirmaram que sentiram preocupação no dia anterior à entrevista. Vinte e dois por cento admitiram sentir raiva.
O caso específico do Chade
Um dos países mais pobres do mundo, o Chade, localiza-se no centro-norte da África. Sem fronteiras marítimas e com uma recessão na economia desde 2014, as perspectivas se tornam mais desoladoras se somar outras razões para sentimentos tão negativos encontrados por lá: pobreza extrema para boa parte da população, dificuldade de acesso aos itens mais básicos e a imposição do governo de proibir o acesso à Internet pelo povo.
No ano retrasado, sua vizinha de fronteira ao sul, a República Centro-Africana, ocupou o primeiro lugar dos países mais negativos que participaram da enquete feita pelo Gallup.
Mais sorrisos
Apesar das dificuldades, parece que a América Latina se destaca quando se pensa em levar uma vida mais leve. O país mais feliz foi o Paraguai, seguido do Panamá.
Boa parte da América Central apresenta o comportamento do bom-humor acompanhado dos obstáculos. Neste caso, Honduras, El Salvador, México e Guatemala.
Para os estudiosos, O levantamento explicou que a positividade na região reflete a tendência de os habitantes da América Latina focarem sua visão e seu pensamento nos aspectos positivos da vida, fazendo parte de sua cultura desfrutar e obter maior prazer e entretenimento.
Fora da América Latina, o Gallup mostrou que a Indonésia foi o país mais feliz em 2018. O Brasil não é mencionado porque ficou fora da pesquisa de 2018.