O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, concedeu uma entrevista exclusiva ao Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), exibida nesta quinta-feira (03), em se tratando de sua primeira entrevista à uma emissora de televisão, após ter sido empossado como mandatário do país. O presidente comentou sobre diversos temas, como por exemplo, o atentando sofrido por ele, durante a campanha eleitoral para a Presidência da República, em 06 de setembro de 2018, durante atividade de campanha na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
Naquela ocasião, Bolsonaro fora esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira, que encontra-se preso.
Além disso, o presidente tratou de temas relacionados à situação econômica atual do país, como por exemplo, a necessidade de aprovação da Reforma da Previdência Social.
Dentre outros temas complexos, está a possibilidade de o governo brasileiro mudar a sede da Embaixada brasileira de Tel Aviv para a cidade de Jerusalém, em Israel, considerada pelos judeus como a capital de seu país. Entretanto, esse assunto poderia acarretar problemas com o mundo árabe, já que a Autoridade Palestina também reivindica Jerusalém como sendo sua capital. No entanto, o Brasil possui boas relações comerciais com o mundo árabe, o que poderia ocorrer algum tipo de enfraquecimento dos negócios, segundo especialistas.
O presidente Bolsonaro considera que trata-se de um direito do povo de Israel escolher o local adequado para a sua capital. Outro tema bastante espinhoso, tratado pelo mandatário durante a entrevista realizada à emissora de televisão, refere-se à parceria com o Governo dos Estados Unidos, em relação até mesmo à possibilidade de instalação de uma base militar norte-americana no Brasil.
Segundo o presidente brasileiro, isso pode vir a ocorrer a depender de como as coisas caminharem no mundo, o que poderia ser algo a ser considerado no futuro.
Investigações do atentado cometido por Adélio
Ao comentar sobre o atentado sofrido no ano passado, em que ele mesmo afirma ter sobrevivido por um milagre, o presidente da República acredita que o criminoso Adélio não teria agido sozinho, já que não se trataria de um ataque feito por um "lobo solitário".
O mandatário afirmou que quando advogados se apresentaram para a defesa de Adélio, um deles teria se utilizado de um jatinho particular. Ainda segundo Jair Bolsonaro, "isso seria coisa de gente com dinheiro e preocupada em Adélio não abrir a boca".
Ainda, em relação às investigações da Polícia Federal, quanto ao atentado contra sua vida, o presidente Bolsonaro afirmou que "se fosse o candidato do PT alvo do atentado, o seu eleitorado, provavelmente, lincharia o sujeito na hora". O presidente concluiu que "espera que Adélio confesse".
Entrevista do presidente Jair Bolsonaro ao SBT: