Nesta quarta-feira (9), o novo comandante da Marinha brasileira, Ilques Barbosa Júnior, fez uma declaração curiosa. Para o almirante, o Brasil esteve junto aos Estados Unidos em "três guerras mundiais". Ele afirmou que a parceira Brasil-Estados Unidos continuará. A declaração foi feita durante o seu discurso na cerimônia de posse da chefia da Força.
Na plateia, além do presidente, Jair Bolsonaro (PSL), e do vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), estavam presentes outras autoridades como, embaixadores, ministros, ex-ministros, membros do poder judiciário, Executivo e das forças armadas.
No entanto, o comandante da marinha fez questão de enaltecer as presenças do almirante John Richardson, chefe de operações navais dos Estados Unidos da América, e a do contra-almirante Sean Buck, comandante da quarta esquadra e forças navais do comando do sul-americano.
Ilques Barbosa Júnior fez questão de explicar ao final do evento que se referia à Guerra Fria ao mencionar a "terceira guerra".
A participação do Brasil nas guerras
O Brasil permaneceu neutro nos três primeiros anos da Primeira Grande Guerra, mas após dois ataques sofridos por seus navios por submarinos alemães, que culminou com a morte de três brasileiros, o Governo brasileiro decidiu se juntar ao Reino Unido, França, Rússia e Estados Unidos em combate ao governo alemão e seus aliados.
Na segunda grande guerra, o Brasil também optou pela neutralidade, no entanto, depois de alguns ataques a navios brasileiros, o presidente Getúlio Vargas decidiu entrar em acordo com o presidente americano Roosevelt e assim o país lutou contra o governo nazista de Hitler e seus aliados.
A terceira guerra mundial, como se referiu o comandante da Marinha brasileira, ou a Guerra Fria, protagonizada por Estados Unidos e a antiga União Soviética, que teve inicio em 1947 e se estendeu até 1991, dividiu o mundo em dois blocos, e o Brasil ficou ao lado do bloco dos capitalistas, liderado pelos Estados Unidos da América.
A nova parceria Brasil-Estados Unidos
O novo comandante da Marinha destacou ainda que o mundo ocidental precisa ter alianças de amizade e profissionais, tanto do ponto de vista da Marinha, como do Exército e da Força Aérea. Para ele o Brasil deve permanecer ao lado da Marinha dos Estados Unidos da América, com países como a França, a Alemanha, a Inglaterra, a Itália, a Espanha e Portugal.
O presidente Jair Bolsonaro nunca escondeu o apreço que tem pelo país governado por Donal Trump.