O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comentou sobre a ajuda oferecida por outros países para combater as queimadas na Amazônia. Nesta terça-feira (27), Maia disse que o Brasil "não deve abrir mão de nenhum real" no combate a queimadas na Amazônia. O presidente da França, Emmanuel Macron, ofereceu cerca US$ 20 milhões por parte do G7, para ser usado no combate aos incêndios, mas Bolsonaro disse que só receberia os recursos enviados pela França se Macron pedisse desculpas pelos insultos disparados contra ele.
Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, a situação orçamental do Brasil não se encontra em uma boa fase e, por isso, não deveria dispensar ajudas oferecidas por outros países.
Bolsonaro se reuniu com governadores da Amazônia Legal nesta última terça-feira (27) e, durante o encontro, alguns governadores afirmaram que o Brasil deveria sim aceitar os recursos internacionais oferecidos para ajudar a combater as queimadas.
Rodrigo Maia comentou sobre a troca de acusações entre Macron e Bolsonaro. Segundo o presidente da Câmara, o conflito entre os dois presidentes "acabou indo um pouco para o lado pessoal". Bolsonaro questiona as intenções do presidente francês em querer ajudar o Brasil e diz que Macron tem um tom sensacionalista. Já Macron alega que Bolsonaro omitiu a real situação sobre o clima e atacou dizendo que o Brasil precisa de um presidente que se comporte "à altura" do cargo.
Maia classificou como conflito as acusações trocadas entre Macron e Bolsonaro e que isso tem prejudicado o Brasil e a França. O presidente da Câmara também propôs que parte do fundo da Petrobras seja usado para combater os incêndios. O fundo é composto por dinheiro recuperado durante a Operação Lava Jato.
Macron rebate Bolsonaro durante reunião do G7
Bolsonaro se manifestou em um comentário feito por um de seus seguidores e o presidente francês Macron não gostou nem um pouco da atitude do Capitão. Um seguidor comentou uma publicação na página em nome do presidente Bolsonaro com uma montagem comparando as esposas dos presidentes.
Bolsonaro respondeu ao comentário dizendo "não humilha cara kkkk", em um tom de descontração. Mas, o presidente da França rebateu dizendo que ficou muito triste e que as mulheres brasileiras devem sentir vergonha de presenciar os comportamentos de Bolsonaro como presidente e por insultar sua esposa. Macron disse também que tem muita amizade e respeito pelo Brasil e espera que outro presidente que realmente mereça, ocupe o cargo.
As acusações começaram quando Macron propôs nas redes sociais colocar em pauta, as queimadas na Amazônia na reunião do G7, grupo que reúne os sete países mais industrializados do mundo no intuito de oferecer ajuda para combatê-las, mas Bolsonaro resolveu não aceitar e alegou havia outros interesses por parte do presidente francês.