Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a prisão em segunda instância, a defesa de Lula solicitou um pedido de soltura imediata nesta sexta-feira (8). Em caso de liberdade, o líder petista pretende viajar pelo país e fortalecer a oposição ao Governo Bolsonaro.

Durante sessão realizada nesta quinta-feira (7), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu derrubar a prisão em 2ª instância. Com a decisão, além de Luiz Inácio Lula da Silva, outros réus poderão ser soltos, no entanto, apenas em caso de prisão decretada antes do trânsito em julgado.

Em liberdade, o próximo passo de Lula será seguir viagem pelo país. Ele pretende fortalecer a oposição ao governo Bolsonaro. Em seus planos também está previsto viagens internacionais para visitar líderes políticos que se manifestaram contra a sua prisão.

A defesa do ex-presidente Lula esteve na Polícia Federal e se reuniu com o petista. Eles discutiram a estratégia da defesa para o pedido de soltura. Após a reunião, o pedido foi encaminhado nesta manhã a Justiça Federal. A decisão caberá à juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara de Execuções Penais (VEP) de Curitiba.

Os advogados de Lula afirmam que o resultado do julgamento mostrou que a prisão do ex-presidente foi ilegal, e que o petista é vítima de perseguição política.

Diante disso, a eventual soltura de Lula, já está movimentando o partido e pode influenciar os rumos políticos do país daqui para frente.

Lula Livre

A vigília Lula Livre está em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, e as lideranças petistas já estão organizando um ato político no acampamento montado pela militância, que, durante o período em que esteve preso, estavam lá para dar apoio ao ex-presidente.

Em seguida, de acordo com jornal Folha de S.Paulo, Lula vai visitar os ex-tesoureiros do PT, João Vaccari e Delúbio Soares, e depois ele deve seguir para São Bernardo do Campo, onde deve ser recebido pela militância com festa.

Depois, Lula iniciará uma série de viagens pelo Brasil que visa buscar limpar a imagem do partido e fazer oposição a Bolsonaro.

Alguns dirigentes petistas acreditam que com o desgaste do governo Bolsonaro, Lula poderá conseguir recuperar a imagem do Partido dos Trabalhadores, mostrando para população que as medidas tomadas, principalmente na área econômica, prejudicam os pobres.

O ex-presidente também não quer defender o impeachment de Jair Bolsonaro. Segundo Lula e aliados, não existe clima para mobilizar a sociedade para abreviar o mandato político de Bolsonaro.