Diversos mísseis atingiram nesta terça-feira (7) duas bases das tropas americanas no Iraque. De acordo com o Pentágono, os ataques foram ordenados pelo Irã em resposta aos bombardeios feitos pelos Estados Unidos na última quinta-feira (2). As bases atacadas foram Ain Al-Asad, que fica no oeste do país, e a outra está em Erbil, na região curda do Iraque. A autoria pelo lançamento dos mísseis foi assumida pela Guarda Revolucionária do Irã.

Al-Asad foi atingida por 13 foguetes, porém no momento a base não era ocupada pelos americanos, segundo revelou uma fonte à CNN.

Já em Erbil, um míssil caiu dentro da área do aeroporto, mas não explodiu. O outro caiu a cerca de 33 quilômetros ao oeste da cidade, sem deixar vítimas militares, de acordo com fontes curdas.

Fontes de segurança relacionadas ao Governo Iraquiano confirmam vítimas iraquianas, porém não informaram a quantidade de mortos ou feridos.

Além das tropas americanas, as bases contavam também com apoio de soldados da Alemanha, Austrália, Noruega e Nova Zelândia. Segundo informações dadas por um porta-voz das Forças Armadas norueguesas, os 70 soldados do país estavam em Al-Asad, mas nenhum ficou ferido. Já a Alemanha informou à agência de notícias Reuters que todos os seus 115 soldados que estavam em Erbil estão bem.

Representantes australianos e neozelandeses também confirmaram que seus diplomatas e militares estão em segurança.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se pronunciou através das redes sociais dizendo que está "tudo bem".

"Tudo está bem! Mísseis lançados do Irã em duas bases militares localizadas no Iraque. Avaliação das vítimas e danos ocorridos agora.

Por enquanto, tudo bem! Temos, de longe, as forças armadas mais poderosas e bem equipadas do mundo! Farei uma declaração amanhã de manhã", disse Trump.

Represália após morte de general iraniano

Os ataques desta terça-feira (7) foram declaradamente uma resposta das forças armadas do Irã após os bombardeio ocorrido na semana passada que matou ao menos sete pessoas no aeroporto de Bagdá.

Dentre as vítimas estava o general Qassem Soleimani, que era chefe de uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã e um dos homens mais poderosos do país.

O bombardeio foi autorizado pelo presidente americano, Donald Trump, na última quinta-feira (7) e também ocasionou a morte de Abu Mahdi al-Muhandis, chefe das Forças de Mobilização Popular do Iraque, milícia apoiada pelo Irã.

Após o ocorrido, a Embaixada dos Estados Unidos no Iraque pediu aos cidadãos americanos que deixassem o país de avião enquanto fosse possível, ou então que seguissem por via terrestre para outros países.