Com a possibilidade do Aliança pelo Brasil, partido criado por Jair Bolsonaro, não conseguir o registro a tempo para a disputa eleitoral deste ano, apoiadores interessados em participar da eleição 2020 começam a procurar outros partidos tradicionais, visando conseguir uma vaga na disputa para vereadores e prefeitos. Os partidos que estão na mira dos bolsonaristas são: Democratas (DEM), Patriota (PATRI), Democracia Cristã (DC), PRTB, Republicanos (antigo PRB) e Podemos (antigo PTN). Outros partidos podem também entram na lista, porém, mais por articulações municipais, independentemente de corrente política.
Bolsonaristas em outros partidos
O presidente dos Republicanos, Marcos Pereira, confirmou que está sendo procurado por apoiadores do Jair Bolsonaro, interessados no pleito municipal. Ressaltou da necessidade de analisar o caso com mais cautela, calculando eventuais riscos para legenda. "Há também o risco de gostarem do partido e optarem por ficar. Por que não?”, disse Marcos Pereira.
Presidente do Podemos, Renata Abreu, declarou: “para ser barriga de aluguel e depois a pessoa migrar para o Aliança, a gente não tem interesse". Porém, deixou as portas abertas para aqueles que querem participar do partido, fazendo parte da construção, não apenas com interesse de ter uma legenda e depois migra-la de forma fácil.
O Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), de Levy Fidelix e do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, está aberto para receber apoiadores do Jair Bolsonaro, interessados no pleito 2020. O ponto negativo é que o PRTB não conseguiu atingir a cláusula de barreira, perdendo o tempo de TV, rádio e fundo eleitoral.
O que pode dificultar e muito as disputas nos municípios.
O Patriota, partido que Jair Bolsonaro "namorou" na eleição presidencial de 2018, pode abraçar novamente os bolsonaristas. Com a expulsão do deputado estadual Arthur do Val (Mamãe Falei) do Democratas, e com sua filiação ao Patriota de São Paulo, podemos ter a união de bolsonaristas com MBL.
Bolsonaristas no Aliança pelo Brasil
Após crise interna no Partido Social Liberal (PSL), deputados bolsonaristas decidiram entrar de cabeça na construção de um novo partido, que logo ganhou nome de Aliança pelo Brasil. O partido foi lançado em 21 de novembro de 2019, em Brasília. Evento que contou com a participação de Jair Bolsonaro, presidente da República e também da nova legenda. O novo partido buscou a regularização de coletas de assinaturas via internet, mas o TSE declarou não ter equipamentos para este tipo de ação. O que atrapalhou e muito a possibilidade do partido sair a tempo para às Eleições, vendo que a coleta manual nas ruas, com necessidade de inserir os dados uma a um, no sistema, acabou burocratizando ainda mais todo o processo.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do Jair Bolsonaro, declarou na mídia que o partido não disputará às eleições deste ano, esperando apenas para eleição de 2022, com objetivo de abrigar a reeleição do pai.