De acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Datafolha, 17% dos eleitores de Jair Bolsonaro se arrependeram do voto nas Eleições de 2018. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
As entrevistas foram aplicadas entre os dias 1º e 3 de abril (quarta e quinta-feira da semana passada), por telefone, com 1.511 pessoas de todas as regiões do país.
Ainda segundo a pesquisa, a taxa de entrevistados que acreditam que a gestão do Governo Bolsonaro durante a pandemia de Coronavirus é ruim ou péssima subiu para 39%.
Na última pesquisa, 33% avaliavam a gestão durante a crise como boa ou ótima. Os dados completos foram divulgados através do site da Folha de S.Paulo.
Datafolha: avaliação das ações de Bolsonaro durante a pandemia
Público geral:
- Ótimo/bom: 33%;
- Regular: 25%;
- Ruim/péssimo: 39%;
- Não sabe/não opinaram: 2%.
Eleitores arrependidos:
- Ótimo/bom: 10%.
- Regular: 24%;
- Ruim/péssimo: 63%;
- Não sabe/não opinaram: 2%.
Datafolha: avaliação do governador do estado durante a pandemia
Público geral:
- Ótimo/bom: 58%;
- Regular: 23%;
- Ruim/péssimo: 16%;
- Não sabe/não opinaram: 2%.
Eleitores arrependidos:
- Ótimo/bom: 72%.
- Regular: 15%;
- Ruim/péssimo: 11%;
- Não sabe/não opinaram: 1%.
Datafolha: entrevistados opinam sobre o medo em relação à pandemia
Público geral:
- Muito medo: 38%;
- Pouco medo: 39%;
- Não tem medo: 23%.
Eleitores arrependidos:
- Muito medo: 45%;
- Pouco medo: 34%;
- Não tem medo: 22%.
Entrevistados opinam quanto ao número de mortes por Covid-19 no Brasil
Público geral:
- Muitas mortes: 52%;
- Poucas mortes: 41%;
- Não sabe: 6%.
Eleitores arrependidos:
- Muitas mortes: 66%;
- Poucas mortes: 31%;
- Não sabe: 3%.
Ainda de acordo os dados, as mulheres fazem parte de 60% dos eleitores arrependidos.
Cabe destacar, também, que entre o grupo dos arrependidos, 45% dos entrevistados têm um receio maior quanto aos riscos que a pandemia pode causar.
Desde que o vírus chegou ao Brasil, as atuações de Jair Bolsonaro vem sendo questionadas por divergir das principais recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), como o isolamento social.
Em um pronunciamento na TV, por exemplo, o presidente chegou a afirmar que a imprensa estava exagerando sobre o surto e que a população deveria deixar a quarentena para voltar ao trabalhar, salvo pessoas que se enquadram no grupo de risco.
Segundo o Instituto Datafolha, 76% da população concorda que o atual modelo de quarentena é o caminho ideal para enfrentar a disseminação do vírus. Hoje o Brasil concentra 14.511 casos da doença e 715 mortes. De acordo com dados do rastreador da Covid-19. São Paulo é o estado mais afetado, com 5.682 casos confirmados e 371 mortes.