Durante sua participação na reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), que aconteceu nesta terça-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer que existem interesses pessoais de outros países sobre a Amazônia brasileira. A reunião abordou temas como os efeitos causados pela pandemia e como fazer para os países se recuperarem desta crise causada pelo coronavírus, climas ambientais e queimadas que acontecem em toda parte do mundo.

Segundo Bolsonaro, o país está sofrendo por falta de reportagens sobre a real situação em que se encontra a Amazônia e o Pantanal.

Segundo o presidente brasileiro, estas campanhas de desinformações que circulam sobre a situação das queimadas na Amazônia são financiadas por instituições internacionais, em parceria com associações brasileiras que não querem ajudar o país e somente atrapalhar seu mandato.

Bolsonaro não apontou os nomes de quem pode estar interessado nas riquezas amazônicas e afirmou que existem pessoas que moram fora do país que querem explorá-las.

O discurso foi adotado pelo governo desde o ano passado, pois sempre que se questiona o desmatamento e controle das queimadas na Amazônia, Bolsonaro usa o argumento que está tudo bem e que a preocupação demonstrada pela comunidade internacional tem interesse meramente comercial.

O presidente diz que o Brasil é o que mais produz alimento

O presidente ressalta que o agronegócio no país está indo muito bem e segue todas as leis propostas pela legislação ambiental do planeta. No entanto, o seu governo vem sofrendo com a desinformação sobre a real situação.

Ele atribui a situação às associações brasileiras, mas não citou diretamente nenhuma organização.

Para Bolsonaro, essas campanhas de associações brasileiras sobre a preservação da Amazônia que são financiadas por instituições internacionais têm más intenções por trás. Ele acrescentou que estas campanhas têm prejudicado seu governo e o país.

Bolsonaro diz que fogo é provocado por índios

O presidente falou sobre a liderança do Brasil no âmbito mundial em produzir e exportar alimentos e preservação de florestas tropicais, e que por conta destes dados o país vem sofrendo ataques da mídia sobre o meio ambiente.

Bolsonaro argumentou que as queimadas não podem se expandir, pois a floresta é úmida e impede que o fogo se alastre. Ele disse que as queimadas são sempre no mesmo local e muitas das vezes provocadas por índios e caboclos que fazem queimadas em terrenos já desmatados para fazerem plantações.

Bolsonaro alegou que a política ambiental está muito rigorosa, "tolerância zero" com questões sobre queimadas. Ressaltou também que os focos de incêndios vêm sendo combatidos de forma eficiente.

Por conta da pandemia, a reunião foi realizada virtualmente. A reunião contou a participação de vários países.