O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), falou a respeito da Covid-19 e suas causas durante o lançamento da campanha de vacinação contra o novo coronavírus. Segundo Bolsonaro, a doença causou muita aflição no país desde que surgiu no início do ano. No entanto, Bolsonaro já disse que algumas pessoas estavam causando histeria sobre a real gravidade da doença, quando surgiram os primeiros casos.

Durante o discurso, o presidente disse que se alguém por ventura tomou alguma decisão exagerada durante a pandemia, foi tentando encontrar uma solução para se sobressair do período difícil que o país começou a enfrentar depois da chegada do coronavírus.

Bolsonaro disse que a falta de conhecimento geral sobre o vírus causador da Covid-19 fez com que os profissionais de saúde e o Governo ficassem aflitos diante da situação. Mas que todos estão unidos para encontrar uma solução que possa ser usada contra o vírus e assim o eliminá-lo.

O presidente ressaltou que a melhor atitude no momento é unir forças, demonstrando união, para juntos encontrar uma saída desta situação que vem desolando o povo há meses. "A grande força que todos nós demonstramos agora é a união para buscar a solução de algo que nos aflige há meses", disse. Ele afirmou que se alguém fez algo além de próprio alcance, foi por pressão, no calor do momento.

Desde quando a situação do coronavírus veio se agravando, gestores de estados e municípios começaram a tomar medidas para conter o avanço do contágio.

Algumas delas foram decretar o fechamento de alguns comércios, isolamento social e o uso do álcool em gel. Bolsonaro, por sua vez, criticou por diversas vezes as medidas que foram sugeridas, inclusive pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Bolsonaro também quebrou algumas recomendações que foram feitas para evitar a propagação do vírus, como participar de grandes eventos sem usar máscara.

O presidente também causou polêmica ao exigir que as pessoas assinem um termo de responsabilidade para ser vacinadas. Para alguns especialistas, a atitude do presidente desestimula as pessoas a quererem tomar a vacina e com isso atrapalha o combate ao vírus.

Presos entram para o grupo de prioritários

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, falou sobre o Plano Nacional de Vacinação, lançado nesta quarta-feira (16).

O ministro disse que um novo grupo prioritário foi incluído ao Plano após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Outra mudança apresentada neste Plano de Vacinação são os nomes dos pesquisadores que foram citados em outro texto apresentado ao STF. O grupo de pesquisadores citados divulgaram notas dizendo que não assinaram o plano antigo apresentado ao STF.

Os grupos que passaram a fazer parte do Plano de Vacinação foram os quilombolas, comunidades tradicionais ribeirinhas, os funcionários que trabalham no transporte público, pessoas em situação de rua e a população privada de liberdade. Também ainda não foi definida a data de início da vacinação.