Durante uma entrevista para o Jornal da Fórum, o deputado federal e ex-ministro do Esporte Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), planeja derrotar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas próximas eleições.

O deputado disse que ouviu de Doria enquanto conversavam sobre políticas a respeito das próximas eleições. O governador disse que para derrotar Bolsonaro sentaria até mesmo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O deputado comentou ainda que prestou apoio ao plano de Doria, afirmando ser um bom caminho político.

Doria chama Bolsonaro de 'burro' e 'incapaz'

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi chamado de “imbecil” por João Doria, atual governador de São Paulo. O governador fez esta declaração enquanto participava de uma entrevista com alguns jornalistas. Segundo Doria, Bolsonaro sempre apresentou traços de pessoas autoritárias e que o mesmo tem uma enorme vontade de estabelecer um regime ditador no Brasil.

O governador também disparou alguns insultos contra o presidente como "burro", "incapaz" e "doente mental", enquanto criticava a gestão de Bolsonaro sobre o controle da pandemia causada pelo coronavírus.

Os episódios de trocas de ofensas entre Doria e Bolsonaro são constantes e aumentou após a chegada da pandemia.

Isso porque o governador foi um dos maiores apoiadores da vacina CoronaVac que foi desenvolvida e produzida através de uma parceria entre o laboratório chinês, Sinovac, país que Bolsonaro acredita ser um conspirador do Brasil e o Instituto Butantan. Doria também disse que o presidente da República mentiu para o povo brasileiro.

Doria diz que não vota mais em Bolsonaro

Durante as eleições de 2018, o governador usou o slogan "Bolsodoria" durante as campanhas eleitorais. O governador explicou que ficou do lado de Bolsonaro porque viu que pessoas como o ministro da Economia, Paulo Guedes e o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro estavam apoiando o presidente.

Doria disse também que se houvesse uma disputa entre Bolsonaro e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) nas próximas eleições não votaria em nenhum e anularia o voto. O governador garantiu também que não votaria no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pois segundo ele não se pode justificar um erro com outro.

Sobre seus planos para o Brasil, Doria disse que sua vontade é que o país tenha uma governança de centro e que assim possa chegar em um comum acordo com partidos de esquerda e direita. Ele disse que seu voto será pela decência e honestidade e assim encontrar um caminho onde o Brasil não encontre governos com atitudes extremas.

Para Doria algumas pessoas que poderiam fazer o papel de governante de centro seria o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), Luciano Huck, Henrique Mandetta que atuou como ministro da Saúde no Governo Bolsonaro ou Sergio Moro que trabalhou como ministro da Justiça também no governo Bolsonaro.

Sobre Moro, o governador disse que o ex-juiz fez um grande trabalho enquanto esteve à frente da Operação Lava Jato que teve como objetivo investigar, julgar e condenar caso fosse necessário, políticos corruptos.