O número de mulheres vítimas de violência doméstica cresce a cada dia. Um caso que aconteceu na manhã desta quinta-feira (17) tem levantado uma discussão a respeito do assunto. Um homem foi preso em uma rua de Blumenau, Santa Catarina, suspeito de agredir a companheira. O nome da vítima não foi revelado. O companheiro dela foi encaminhado à delegacia de Polícia para prestar esclarecimentos.

Um pedestre estava passando pelo local quando teria se deparado com as cenas de violência. Ele relatou à equipe de reportagem da NSC TV, afiliada da Globo na região, que viu o homem chutando a cabeça da Mulher enquanto ela já estava no chão.

Ele disse também que tanto o agressor quanto a vítima estavam com sangue. O suspeito negou que havia agredido a mulher e falou que um carro bateu nela.

A polícia chegou ao local, encaminhou a mulher ao hospital e levou o homem à delegacia. Os policiais disseram que tanto o homem quanto a mulher já se envolveram em ocorrências parecidas. Eles são moradores de rua e são vistos sempre naquela região.

Em casos semelhantes, a Justiça pode autorizar algumas medidas protetivas em favor da mulher. O agressor, muitas vezes, é obrigado a se manter a uma distância mínima da mulher.

Brasil enfrenta epidemia de violência doméstica

A ONG Human Rights Watch divulgou um relatório anual sobre violência doméstica.

Foram realizados estudos em 90 países para averiguar a proteção dos direitos humanos. O estudo indicou que no Brasil existe uma violência generalizada contra as mulheres e que a polícia não investiga devidamente grande parte dos casos. No fim de 2017, mais de 1,2 milhão de casos estavam pendentes nos tribunais.

Um dos motivos que pode estar causando a impunibilidade dos agressores é superlotação dos presídios.

O Brasil tem uma das maiores populações carcerárias do mundo, perdendo somente para os Estados Unidos e China.

O presidente da ONG destacou também a violência que vive o Rio de Janeiro. No ano de 2018, a polícia do Rio matou 1.400 civis. Na mesma época, os Estados Unidos registraram 1.000 mortes de civis em confronto com a polícia em todo o país.

Esse número chama a atenção pois o Brasil pode estar vivendo um guerra civil.

O diretor da ONG disse também que a chegada de líderes autoritários no poder pode estar causando o aumento da violência. Ele comparou o presidente Jair Messias Bolsonaro com outros líderes autoritários.

O presidente foi procurado pela equipe do G1 para comentar o assunto, mas até o momento não deu nenhuma resposta.