O médico Enio Studart foi parar na delegacia no Rio de Janeiro, após a acusação de ter puxado uma arma e apontado para um paciente dentro do seu consultório durante um desentendimento sobre testes de coronavírus. A vítima, que não teve seu nome revelado, afirmou que quando o médico sacou a arma para ameaçá-lo, eles estavam dentro da sala do pneumologista, no consultório que fica localizado em um Shopping Cittá América, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

A Polícia foi chamada pelo paciente e ao chegar no local, após revistar o carro do médico, encontrou várias armas.

A vítima relatou aos policiais que havia agendado uma consulta com médico porque há cerca de dois meses havia contraído o coronavírus, mas que depois começou a se sentir muito cansado e marcou a consulta para saber como estava sua saúde atualmente.

A vítima disse que o médico começou a questioná-lo sobre os resultados do exame que havia feito quando foi diagnosticado com a doença, então o médico começou a se exaltar gerando uma grande discussão entre os dois que acabou virando caso de polícia.

Após o ocorrido os dois foram à delegacia para se explicarem e esclarecer o que realmente aconteceu e o que levou o médico a supostamente sacar a arma durante o procedimento e ameaçar o paciente.

Envolvidos vão à delegacia para explicar o caso

Segundo a vítima, o médico simplesmente pegou a arma que estava dentro de uma mochila e apontou em sua direção fazendo ameaças. Já o médico disse na delegacia que ao fazer as perguntas sobre os sintomas e como o paciente estava se sentindo, o paciente não sabia responder e acabou ficando nervoso e começou a insultá-lo.

O pneumologista disse que tinha uma arma dentro do seu consultório, mas que não chegou a usá-la para ameaçar o paciente.

Ao ser questionado pelos policiais sobre qual foi o transporte usado para chegar à delegacia, o médico disse que havia ido em um carro de aplicativo. Os policiais acabaram desconfiando da resposta dada pelo médico e decidiram fazer uma averiguação e achou um carro no estacionamento da delegacia e constatou através do número da placa que o veículo pertencia ao médico e ao revistar o carro foram encontradas duas armas de fogo e munições, um soco-inglês e duas facas.

No final da história o paciente acabou sendo liberado pela polícia e o médico acabou sendo preso em flagrante por porte ilegal de armas e por ameaçar o seu paciente durante a consulta. Não foi contatado se o médico já tinha passagens pela polícia até o momento e de acordo com a lei art. 16 da Lei n. 10.826, a pena por porte de arma de fogo de forma ilegal é de 3 a 6 anos de prisão e multa. E a pena para porte ilegal de armas brancas, de acordo com a lei 3.688/41, em seu artigo 19 a 15 dias até 6 meses de prisão, mais multa.