Vedete nas mesas das famílias do Brasil, o estrogonofe, receita importada, sempre se apresentou com sofisticação e criatividade em almoços e jantares.
Bem popular na gastronomia mundial, o prato tem origem na Rússia, mas há várias histórias acerca de sua criação.
Uma delas provém do sobrenome da família russa “Stroganov”, lá pelos anos de 1500 e um de seus membros, o diplomata e Conde Pavel Stroganov, foi quem deu uma certa ‘cara’ ao que se chamaria de primórdio da iguaria.
A segunda versão está fundamentada numa publicação de Culinária muita respeitada no meio gastronômico, a Larousse Gastronomique, a qual atesta que o nome vem de um verbo em russo, o ‘strogaf’. A tradução desse verbo significa ‘cortar em pedaços’.
Outra história sobre a origem do estrogonofe surgiu dentro de uma rica família que morava nas proximidades de São Petersburgo, Rússia. A difusão do prato ganhou ainda mais força porque alguns componentes desta família eram amigos do filósofo francês Voltaire e exerciam certa influência na corte de Catarina, a Grande, rainha do império russo no século XVIII.
No final do século XIX, um cozinheiro francês foi trabalhar na Rússia e, travando conhecimento com a receita típica daquelas bandas, resolveu dar um toque para o que, hoje, conhecemos como estrogonofe. Ele adicionou cogumelos, páprica e mostarda à receita original.
Com o correr do século XX, a iguaria ganhou o gosto dos americanos que, por sua vez, contribuíram com o ketchup na lista de ingredientes para formar o estrogonofe.
Gente famosa como o presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, e o cineasta e ator cômico inglês, Charles Chaplin, eram grandes entusiastas do prato russo.
Adaptação no Brasil
Do lado de cá, no Brasil, o estrogonofe prova que é uma receita bem apreciada por acolher diversas variações em seus componentes.
Além da opção com carne, é possível encontrar outros ingredientes como o frango e o camarão. Sua principal característica é a mistura de creme de leite com molho de tomate. Aqui leva um acompanhamento de arroz branco ou arroz à grega e de uma porção de batatas, geralmente fritas, palha ou ‘chips’.
Na pesquisa efetuada sobre uma única receita de estrogonofe, é impossível detectar uma uniformidade na sua composição. Há desde a utilização de milho ou palmito até o emprego de vinho ou de ketchup, este último substituindo o molho de tomate.
Uma das receitas
Ingredientes
400 g kg de carne bovina de sua preferência – pode ser coxão mole, patinho, filé mignon ou alcatra
1/2 cebola ralada ou cortada em cubos pequenos
Sal e pimenta-do-reino a gosto
Óleo para fritar
1 caixa e meia de creme de leite
3 colheres de sopa de ketchup
3 colheres de sopa de extrato de tomate
1 colher de sopa de mostarda
Modo de preparo
Carne
Corte a carne em pequenos cubos ou tiras e tempere com sal e pimenta.
Deixe que o tempero penetre na carne por uns 20 minutos. Numa panela, coloque óleo e o deixe esquentar um pouco. Insira as tiras até que fiquem macias. O melhor é não fritá-las por muito tempo para que não endureçam. Desligue o fogo e reserve.
Molho
Noutra panela, refogue a cebola ralada (ou em pequenos cubos) e depois de dourada, acrescente as tiras de carne e mexa tudo por, aproximadamente, três minutos. A seguir, coloque o creme de leite, o ketchup, o extrato de tomate e a mostarda. Deixe ferver por um tempo, misturando todos os ingredientes na panela.
Sirva com arroz e batatas. Obs: apesar de esta receita não incluir os cogumelos ou o palmito, nada impede que se acrescente um deles durante o preparo com o creme de leite.