Foi há 21 anos que todo o contexto relacional começou, entre o Transtorno do Espectro Autista, seus déficits e as Vacinas Tríplice Virais - Rubéola, Caxumba e Sarampo. Em 1998, um médico chamado Andrew Wakefield liderou o lançamento de uma pesquisa preliminar na Revista The Lancet, relevante periódico científico mundial.
Segundo ele, os resultados ali apresentados eram apenas uma hipótese, expectativa decorrente de uma pesquisa preliminar, que dizia haver uma relação entre doze crianças que desenvolveram comportamentos autistas e uma inflamação intestinal grave, e apresentavam sinais do vírus do sarampo em seus organismos.
Porém, Andrew não imaginava que tais resultados repercutiriam pelos próximos 20 anos, a decorrer, levantando e atenuando suspeitas, insurgindo pesquisas sobre a farmacêutica envolvida nas vacinas e em seus componentes, além de processos judiciais contra o governo dos Estados Unidos, vários surtos virais, e também a perda de sua licença médica. Isso porque muitas pessoas deixaram de vacinar seus filhos ao se depararem com a suposta relação da vacina com o desenvolvimento do autosimo.
No Brasil, onze estados brasileiros sofreram do surto de Sarampo após o país ter recebido certificado da ONU pela eliminação da doença, em 2016.
Trajetórias científicas envolvendo o Autismo e as Vacinas Tríplices Virais
Um amplo estudo realizado na Dinamarca e publicado no dia 04 de Março de 2019, no periódico denominado Annals of Internal Medicine, envolveu cerca de 600.000 crianças dinamarquesas e deixou às claras que a Vacina Tríplice Viral não causa Autismo. O estudo acompanhou essa quantificação de crianças, nascidas entre os anos 1999 a 2010 e pesquisadas até 2013.
Pelo teor da metodologia de pesquisa utilizada, as crianças contaram com as seguintes avaliações durante o processo:
- se haviam sido vacinadas
- se tinham diagnóstico de Autismo
- se possuíam algum membro familiar com esse Transtorno Neurobiológico
- avaliação de outros fatores que indicassem fragilidade da criança estudada para aquisição do Autismo
Resultando-se assim em um total de 5 milhões de pessoas avaliadas para composição da pesquisa, sendo que pouco mais de 1% foram diagnosticadas com Autismo.
Desta forma, conforme a pesquisa divulgada e apoiada pelo El País Ciência, "não se observou nenhuma diferença entre as crianças vacinadas e as que não eram, e não se verificou nenhum risco adicional para padecer de TEA entre os vacinados".
Entretanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) prossegue na afirmação de que detém potencial de proteger a saúde infanto-juvenil, além das posição da Associação Médica Americana em apoio a essa vertente e em desaprovação a pais que se recusam a vacinar seus menores.