O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirmou nesta sexta-feira (18) que irá assinar no próximo dia 1° de fevereiro sua decisão sobre o pedido feito pelo senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) para suspender a investigação sobre movimentações financeiras de seu ex-assessor Fabrício Queiroz consideradas atípicas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
Sobre qual rumo terá e como o processo irá ocorrer, o relator do cado disse que o STF não pode se desviar dos caminhos da lei, pois processos não têm capa, têm conteúdo.
Ele também afirmou que pedidos como o de Flávio Bolsonaro são negados constantemente. O ministro disse que não está se antecipando sobre o caso, pois só está sendo coerente consigo mesmo. Em decisões anteriores, ele teria rejeitado liminares parecidas com a da defesa do senador eleito.
Na última quinta-feira (17), o ministro Luiz Fux decidiu suspender temporariamente as investigações contra Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, instaurado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para apuração de movimentações financeiras consideradas atípicas pelo Coaf.
Bastidores do STF
Nos bastidores do Supremo Tribunal Federal (STF), os ministros teriam ficado muito surpresos com a decisão de Fux, que suspendeu temporariamente o caso envolvendo Fabrício Queiroz.
Pelo fato do senador possuir o direito do foro privilegiado, o ministro acabou atendendo o pedido. Flávio quer que o processo seja julgado no STF. O caso será decidido pelo ministro e relator Marco Aurélio Mello.
Segundo ministros da Corte, com a questão sendo apreciada no STF, o presidente Jair Bolsonaro pode também se tornar também alvo da investigação, já que existem movimentações financeiras ligadas à primeira-dama Michelle.