A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados deu nesta quarta-feira (15) o prazo de 30 dias para que a Presidência da República apresente os resultados dos exames feitos por Jair Bolsonaro (sem partido) para comprovar se ele contraiu ou não o coronavírus. O requerimento foi feito pelo vice-líder do PT, o deputado Rogério Correia (MG).

Caso descumpra com as medidas, Bolsonaro poderá ser penalizado.

"Esperamos que, o mais rápido o possível, o presidente ele entregue a documentação para examinarmos. Se não o fizer, eu mesmo apontei o crime de responsabilidade”, argumentou Rogério Correia.

Bolsonaro e exames do vírus

Antes da proliferação do vírus no mundo, o atual chefe do Executivo realizou algumas viagens internacionais. Dentre essas viagens, Bolsonaro acabou se encontrando com o piresidente dos EUA, Donald Trump.

Após retornar ao Brasil, o chefe do Executivo apresentou sintomas do vírus. Diante disso, ele foi aconselhado por profissionais da área da saúde a realizar exames para atestar o contágio.

Pelas redes sociais, após realizar dois exames, Bolsonaro informou que não teria sido contaminado com o novo coronavírus.

Mesmo atestando o não contágio do vírus, muitas internautas pediram para que o presidente apresentasse os exames realizados, mas o chefe do Executivo se recusou. Em meio a incertezas, o deputado federal Cabo Daciolo se pronunciou sobre o caso no Twitter e criticou o presidente.

Daciolo fez uma publicação afirmando que o chefe do Executivo havia sido contaminado com o vírus e ainda disse que Bolsonaro poderia processá-lo caso ele estivesse errado.

Consequências do coronavírus

O novo coronavírus resultou em alguns problemas no Brasil. Em meio à paralisação das atividades profissionais, muitos brasileiros que trabalham de forma autônoma estão tendo problemas financeiros, já que não é possível exercer a profissão normalmente durante o período de quarentena.

De acordo com informações, os trabalhadores autônomos mais afetados foram: vendedores ambulantes, barbeiros, motoristas de aplicativo e afins.

Para tentar amenizar alguns dos problemas, dias atrás, Bolsonaro sancionou uma lei para beneficiar parte dos trabalhadores autônomos. O valor do benefício é de R$ 600, mas as mulheres que forem consideradas 'chefes' de família receberão R$ 1.200. O auxílio será realizado mensalmente, por um período inicial de três meses.