Foram publicadas nesta sexta-feira (29), no Diário Oficial da União, as exonerações da ministra Tereza Cristina, que atua na pasta da agricultura, e do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, ambos deputados do DEM.

Segundo as informações divulgadas pelo colunista do O Globo, Valdo Cruz, as exonerações aconteceram estrategicamente para os deputados participarem da votação na Câmara dos Deputados que acontece nesta segunda-feira (1).

Os deputados estão predefinidos a votarem no candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado Arthur Lira (PP).

O DEM já declarou apoio ao bloco para eleger o candidato Baleia Rossi (MDB), mas o próprio Rodrigo Maia (DEM) disse que uma boa parte dos integrantes do partido pode votar em Arthur Lira. Tal especulação contraria Maia que vem ajudando durante as campanhas para eleger Rossi.

Rossi acusa o governo de interferência

Nesta quinta-feira (29) Rossi voltou a acusar o Governo de está interferindo nas eleições na Câmara, a qual ele classificou como “brutal”. Em outra ocasião o emedebista disse que o governo estava coagindo e ameaçando os parlamentares para conseguir votos para Lira.

Rossi citou que o governo estava oferecendo cargos para quem votasse em Lira e tirando de quem declarasse voto a ele.

Arthur Lira disse que não há interferências por parte do governo, pois ninguém tem poder para influir nas eleições na Câmara. No entanto, durante uma reunião com o partido PSL, o presidente disse que tem intensão de influir nas eleições na Câmara através de políticos do partido.

Aliança entre Maia e o PT é criticada por Bolsonaro

Para eleger Baleia Rossi, Maia fez aliança com diversos partidos e entre está o PT. Segundo a representante do PT no Congresso, Gleisi Hoffmann, o apoio prestado ao bloco que pretende eleger Rossi é temporário, pois o objetivo é evitar que Lira, candidato apoiado por Bolsonaro ganhe.

Para o PT, o presidente representa uma ameaça para Brasil por não concordar com o modo que governa o país. Um acordo foi feito entre os partidos que tem como fim pautar pedidos de impeachment contra Bolsonaro.

A aliança entre PT e DEM foi atacada por Bolsonaro que disse que os partidos são a mesma coisa.

Governo oferece o Ministério da Saúde em troca de votos

O site Congresso em Foco divulgou informações dizendo que o Ministério da Saúde estava sendo oferecido em troca de votos para o Centrão. Outra informação publicada pelo site é que o atual ministro Eduardo Pazuello pode receber uma nova patente no Exército que esteja acima do antigo cargo na instituição.

Um nome que foi apontado pelo site como favorito para ocupar a pasta da Saúde após a deixa de Pazuello é o deputado Ricardo Barros (PP), o qual já trabalhou como ministro da área no governo do ex-presidente Michel Temer em 2016.