O democrata David Cicilline usou as redes sociais para dizer que o pedido de impeachment contra Donald Trump já recebeu o apoio de mais 200 parlamentares, isso até este domingo (10).

O pedido de cassação do mandato de Trump se deu depois que simpatizantes da direita invadiram o Capitólio –sede do Congresso dos EUA– na última quarta-feira (6).

No TwiTter, Cicilline comemorou o apoio dos parlamentares e ressaltou que ele, junto aos deputados, farão com que Trump responda por seu ato.

Sempre que ocorre as mudanças nos números, Cicilline volta a falar sobre o assunto nas redes sociais para ir atualizando as demais pessoas que estão na torcida pelo impeachment de Trump.

O líder da maioria democrata na Câmara, James Clyburn, disse que a Casa planeja votar o pedido de impeachment nesta semana.

Dentre as denúncias contra Trump existem algumas relacionadas à má conduta do mandatário durante as últimas manifestações e outra por tentar modificar os resultados das eleições na Geórgia em 2020.

Tanto democratas quanto republicanos estão repudiando as atitudes de Trump e declarando que o mandatário deve entregar o cargo no próximo dia 20 ao democrata Joe Biden, que venceu as eleições presidenciais realizadas em novembro passado.

Um dos parlamentares da oposição ao partido de Trump disse que é dever do Congresso resolver esta questão, usando como base as leis estabelecidas na Constituição para impor o impeachment.

Outra alternativa sugerida pelo parlamentar é a de que o Congresso pressione o gabinete de Trump para invocar a vigésima quinta emenda e declarar Trump sem condições para continuar governando os EUA.

Quanto ao impeachment, alguns republicanos disseram que seria uma boa alternativa já que o mandatário não quer deixar o cargo.

Outros parlamentares já admitiram que a atitude de Trump em incitar a invasão ao Capitólio foi desrespeitosa, mas que não é motivo para um impeachment.

Fux diz que episódio nos EUA não vai acontecer no Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux comentou o episódio que aconteceu nos Estados Unidos. Ele disse que a Corte tem como objetivo manter a democracia e que fará isso sempre, e que caso semelhante à invasão no Capitólio do EUA não vai acontecer no Brasil.

Fux disse também que o Judiciário é uma peça fundamental para democracia, pois é a Corte quem aplica as leis constitucionais e que ele, como membro do STF, não pode deixar de exercer sua função.

Para o ministro, não se pode viver em democracia sem respeitar a hierarquia que compõe as leis e se um líder desrespeitar as instituições logo deve ser repreendido e arcar com as consequências.

Fux ressaltou também que ganhar uma eleição não dá poder para um líder agir em interesses pessoais ou impor seus ideais sobre as pessoas. Em seguida ele disse que quem manda são as leis, e os homens têm que estar à disposição para obedecê-las e finalizou dizendo que a democracia será protegida custe o que custar.